quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

NOTA DE PESAR

                A sociedade brasileira passa por um dos momentos mais sensíveis de sua história democrática. Os efeitos dos vícios políticos cometidos pelas mais diversas siglas e as articulações de interesses escusos que deixaram a república politicamente instável não ficam restringidos a Brasília, mas são sentidos por cada brasileiro. Da merenda desviada à construções nababescas com fins a desviar verbas públicas esfacelaram nossa economia sobremaneira. Sem a possibilidade de controle preventivo da situação, restara a cada brasileiro almejar que justiça fosse feita.
                O Ministro Teori Zavascki tomou decisões difíceis durante sua relatoria na “Lava Jato”. Permitiu que políticos fossem investigados, reformou decisões e homologou delações. O Brasil esperava atento sobre sua decisão quanto a próxima homologação de delação premiada. E, hoje, a trágica notícia de seu falecimento é dúvida para a população de com qual nível de lisura e abstenção de interesses será conduzida a relatoria da “Lava Jato”.
                Sem querer diminuir a tragédia pessoal da família e amigos, a sociedade brasileira perde um homem de bem. Probo, austero. Um magistrado, doutor em direito, cuja extensão do currículo não caberia nesta nota. Mas, sobretudo, se perde um cidadão brasileiro, compromissado com o direito e a justiça pela qual tantos milhões de brasileiros que tiverem direitos sociais usurpados anseiam.

                  Um singela homenagem do NUSSEG (Núcleo de Pesquisa em Seguridade Social) e da Comissão do Iodos da OAB-CE ao Excelentíssimo Senhor Cidadão Brasileiro TEORI ALBINO ZAVASCKI.